domingo, 18 de abril de 2010

A fórmula é simples: conhecimento e interação

Não sei se esse assunto é polêmico, mas ele tem martelado minha cabeça nos últimos dias. Então resolvi postá-lo aqui, e colocá-lo em discussão para quem se interessar. É que nosso grupo de Telejornalismo (que não é o mesmo grupo deste projeto) entrevistou o Marco Gomes para um telejornal que estamos fazendo para o trabalho de fim de curso, sabe como é né? O Marcos é muito simpático e nos atendeu com muita disponibilidade e paciência. (sorte nossa..!)

Então, quando eu estava acompanhando a Camila na entrevista que ela fazia por Skype, notei que Marco falou uma coisa muito, mas muito interessante e que diz muito sobre o tema que estamos estudando. Ele disse que hoje em dia às pessoas que trabalham com mídias sociais buscam uma fórmula, uma técnica para fazer com que meta seja alcançada. Por exemplo, um viral. Não existe um guia para se fazer um viral... Ele simplesmente surge. E por quê? Porque um vídeo faz sucesso enquanto outros muito semelhantes a ele simplesmente nem são notados? Não existe uma "fórmula mágica” que desperte a atenção do público, sabe?

Daí, pensando aqui com meus botões me perguntei: será que as relações sociais são moldadas à base de técnicas, metodologias e regras? Não... acho que não mesmo. Desde o 1° período da facul tenho observado professores e teóricos da comunicação afirmarem que, apesar de, no passado, terem descoberto a divulgação em massa como uma fórmula de sucesso para a comunicação, tal fórmula não dava garantias realmente obteriam sucesso. Entende? Enquanto eu adoro uma propaganda você pode odiá-la, tomar raiva da marca. E o que explica isso? Minha criação, sua personalidade, coisas subjetivas demais para fazer parte de uma simples lista de regras.

Uma vez falei no blog da Popcorn que a tendência dos consumidores nos dias atuais é a da customização e personificação dos bens e serviços que ele adquire. As pessoas não querem nem desconfiar que estão sendo submetidas a um molde, elas apenas querem que atendam aos seus desejos, de maneira responsável e humana.

Eu compreendi bem o que o Marco falou, mas fiquei pensando se uma fórmula - mágica ou não - resolveria a questão. Talvez, um banco de fórmulas que se adéque ao target, tantas vezes quanto for necessário? Pode até ser. Mas, pensando bem, um bom começo para se aproximar do público e fazer com que ele entenda mensagem é, antes de tudo, entender a mensagem que ele passa para você. E que fique claro, entender aqui está no sentindo mais profundo (não invasivo) que se possa chegar.

Relacionamento = interação. Mas não uma interação oportunista, que só se preocupe em vender o peixe. Falo de uma relação inteligente, que deixe a arrogância de lado e descubra que o seu cliente também tem muito para lhe ensinar. Uma relação que ao falar de conexão tenha conexão, que ao resolver usar uma rede social da web se relacione, responda aos questionamentos e encare os desafios que o meio lhe proporciona. Imaginem o diferencial que uma empresa pode ter, quando abrir um espaço exclusivo – como o Twitter, por exemplo – para dar voz ao seu público e investir esforços para ouví-lo e respondê-lo. Agora imagine a empresa que adere a essa ideia somente na teoria? Não é preciso imaginar muito, basta observar ao redor. E o efeito dessa atitude, anote aí, é muito negativo.

Ficam aqui minhas considerações ;-)

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Penso que uma possível "fórmula mágica" para que uma empresa atinja seus objetivos tem relação com o grau de intimidade que esta possui com seu público. Mantê-lo sempre bem informado sobre a instituição, saber suas necessidades e preocupações, ouvir críticas e aceitá-las - sempre objetivando uma melhora - e, como o post bem frisou, interagir e aprender. Eu, por exemplo, me sinto mais atraído por uma marca ou produto quando possuo um conhecimento mais detalhado, ou quando sei que essa empresa se preocupa comigo e no que penso com relação à sua marca.
    Acho que o lance é tentar entender a subjetividade de cada um e bolar um produto que chegue o mais próximo possível da satisfação destas pessoas, e as redes sociais são um canal para isso.

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