Nas redes sociais, o consumidor é um superstar, que demanda a atenção especial das empresas e dos publicitários.
Para fazer uma campanha nas redes sociais, não adianta apenas ter uma ideia, mostrar ao consumidor e esperar que ele compre produto. É preciso interagir com esse consumidor, na opinião de Adilson Batista, vice-presidente executivo da Wunderman, e Paulo Sanna, diretor de criação da McCann Erickson.
Batista e Sanna participaram do painel A publicidade e as redes sociais, no seminário INFO O Poder das Redes Sociais, realizado nesta segunda-feira (30) em São Paulo. A discussão foi mediada pela editora Daniela Moreira, da INFO Online.
“Na mídia social, quando o filho nasce, ele precisa ter contato com os pais sempre, senão o projeto naufraga”, diz Sanna. Ele conta que a McCann Erikson fez uma campanha para a Chevrolet em redes sociais, em que os participantes compartilhavam histórias de viagens de carro.
Um dos blogueiros que participava do projeto da Chevrolet, que era brasileiro, gravou um conteúdo em um pen drive, que colocou dentro de uma garrafa e a lançou no mar. Um ano depois, na semana passada, um pescador encontrou a garrafa, passou para seu sobrinho. "Agora a agência já está explorando esse material, com uma equipe que já está pronta”, diz.
Para a Caipiroska Smirnoff, a Wunderman criou um aplicativo chamado Churraskeiro, oferecido em diversas redes como MySpace e Facebook. O resultado foi um aumento real de vendas da bebida, segundo Batista. “Mas uma campanha em redes sociais não se mede como um banner, como na mídia tradicional. É preciso olhar o impacto no negócio como um todo”, diz.
A empresa deve evitar entrar na rede social só para fazer um spam de conteúdo, diz Batista. “A marca vai ser expurgada e a campanha terá o efeito contrário imediatamente. A melhor forma de ter sucesso é encontrar um jeito de ter interação com o público, usar o ambiente para entender o que ele quer.”
Além disso, é preciso que o projeto tenha uma equipe preparada para garantir esse relacionamento. “Parece simples, mas sem essa estrutra, a campanha pode ser um fiasco”, diz Sanna.
De uma forma geral, as empresas ainda estão tentando entender como funciona a interação com as pessoas nas redes sociais, diz Bastista, da Wunderman. Segundo ele, a maioria das ações nas mídias sociais ainda está focada no público jovem, que é heavy user de internet, e os geeks, fãs de tecnologia. “Mas não é somente o jovem que utiliza internet. Então, provavelmente será possível no futuro amplificar essas ações para outros segmentos.”
Vi aqui.
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