Em minhas leituras para realização desse trabalho, tenho observado que autores como Manuel Castells e Nichola Negroponte citam um famoso cartoon publicado no "The New Yorker" em 5 de julho de 1993. Foi então que tive a curiosodade de pesquisar sobre esse cartoon e colocá-lo aqui no nosso blog.
No livro: "A Vida Digital", Negroponte concorda com essa visão e ainda reitera que deveria ser acrescentado à tirinha o fato de que as pessoas também não saberiam onde você está. Manuel Castells, por sua vez, defende que esta ideia está defasada. Para ele, os "cidadãos online" estão cada vez mais exigentes e isso faz com que a tranparência seja cada vez mais necessária nas redes sociais.
E sua empresa? Concorda com a tirinha? Será mesmo que se ela for "um cachorro" ninguém vai saber?
Como tudo na vida digital, as concepções e ideologias também sofrem mudanças. A Internet, que nem foi criada com o intuito empresarial, hoje é fonte de renda para muitos. Os computadores , que antes eram considerados equipamentos sem utilidade doméstica - a IBM, por exemplo, estimava que em 2000 exitiriam apenas 5 computadores no mundo - hoje são equipamentos essenciais na sociedade. E para quem pensava que a internet seria apenas uma interface para brincar de esconde esconde, é bom ficar atento às mudanças. A Web também está promovendo uma nova era na comunicação, e, a transparência, tem sido a palavra-chave para que essa mudança aconteça.
No mercado brasileiro, o uso corporativo do Twitter ainda segue a linha experimental. Fiat, Telefônica (por meio do portal Terra) e Brastemp utilizaram microblogs em campanhas específicas. A rede varejista Wal-Mart criou uma conta como parte de sua estratégia de vendas online. Poucas empresas, como a construtora Tecnisa, adotaram a novidade como uma ferramenta permanente de marketing.
"Usamos para comunicar lançamentos e novidades", diz o diretor de marketing da Tecnisa, Romeo Busarello. O executivo admite, porém, que o público que acompanha a empresa no Twitter, de 300 pessoas, não é o mesmo que visita seus estandes de venda. "Tenho consciência de que não vou vender apartamento pelo Twitter."
Muitos dos "seguidores" da Tecnisa são blogueiros, publicitários e profissionais do mercado imobiliário, afirma Busarello. "O Twitter nos ajuda a formar opinião no mercado. Somos comentados junto a um público antenado." A empresa foi uma das primeiras a entrar no mundo virtual do Second Life, há dois anos. A experiência, porém, não rendeu frutos. Meses depois, a Tecnisa abandonou o Second Life - assim como várias outras empresas.
Para David Reck, diretor da agência especializada em mídia digital Enken, a grande diferença do Twitter para o Second Life é que a plataforma de microblogs não exige grandes investimentos das empresas. A linguagem de programação do mundo virtual obrigava as companhias a contratar técnicos de computação.
Segundo o especialista, o Twitter também traz um benefício imediato - e um dos poucos mensuráveis - para a empresa: a melhora no posicionamento em sites de busca como o Google. "O Twitter aumentou nosso tráfego na internet, a custo zero", diz Busarello.
No entanto, também há riscos na estratégia. Segundo David Reck, as empresas não podem perder de vista uma das premissas do Twitter - a de que um usuário só recebe mensagens das contas que autoriza. "Não convém seguir e ser seguido por pessoas sem uma conexão com o assunto ou setor abordados. Isso pode até prejudicar a marca."
A jornalista Bia Granja, de 28 anos, usuária há dois anos, tem uma das contas mais populares do Twitter no Brasil: mais de 1.900 pessoas a seguem. Mas poucas empresas conseguiram despertar seu interesse. "Muitas ainda não sabem como usar, publicam coisas que interessam a elas, e não ao usuário", comenta.
A única experiência positiva com um Twitter corporativo, segundo Bia, foi no ano passado. A paulistana acompanhou a conta do portal Terra, do grupo Telefônica, que promovia um evento em São Paulo. Por meio de um microblog, a empresa informava sobre as condições de trânsito e disponibilidade de ingressos. "A prestação de serviço é uma boa alternativa às companhias", diz Bia.
Como já dissemos aqui, o Twitter foi capa da Revista Época de algumas semanas atrás...
E essa aparição do twitter em um MCM gerou muito burburinho na blogosfera, principalmente entre aqueles mais radicalistas. Li no blog Maldita Cultura Pop uma previsão de como será o futuro do twitter, que com essa exposiçao, vai atingir pessoas que nem sabiam se twitter era de comer ou passar no cabelo.
Nessa previsão, o blogueiro Adilson Fuzo traça caminhos para o twitter bem parecidos com aqueles que o orkut seguiu. Com a popularização do orkut, viramos alvos fáceis de spams, "olha as fotos daquela festa", vimos a criação de várias redes de pedofilia e crime roganizado e outras coisas.
Para ler o post completo, que é bem engraçado, mas tem um fundinho pessimista de verdade, clique aqui!
Aqui é um espaço para discutir sobre as redes certo? Então não vejo o por que de não mostrar os dois lados da moeda.Ainda mais quando esse "outro lado" trata do assunto de maneira tão bem humorada. Assistam:
De cada dez internautas brasileiros, oito utilizaram redes sociais e blogs no ano passado - o que faz do País líder em utilização dessas ferramentas. É o que conclui o instituto de pesquisa Nielsen em um estudo realizado em nove países sobre o fenômeno da web 2.0 e divulgado na última segunda-feira (09/03). Em todo o mundo, 67% dos internautas utilizam esses sites – contra 61% um ano antes.
O relatório conclui ainda que as redes sociais e os blogs estão em quarto lugar no ranking de popularidade da internet, à frente dos serviços de e-mail. Nas primeiras colocações, estão os buscadores, portais e serviços de download de software.
“Redes sociais se tornaram parte fundamental da experiência on-line global”, observa John Burbank, CEO da Nielsen Online. “Embora dois terços da população mundial on-line já acesse esses sites, sua adoção é vigorosa e não mostra sinais de diminuir com o tempo”.
Como resultado, as empresas devem se atentar ao movimento que acontece na internet. “Redes sociais vão continuar a alterar não só a paisagem global on-line, mas a experiência dos consumidores em geral. Este estudo explica o porquê”, alerta Burbank.
Novos usuários por país
Um quarto do tempo
Os usuários do Brasil também lideram o ranking de permanência nesses sites. Enquanto nos demais países abrangidos pela pesquisa, a média de tempo gasto em redes sociais e blogs é de um em cada onze minutos on-line, os internautas brasileiros ficam 23,1% do tempo em sites como Orkut – o mais popular por aqui, utilizado por 70% do público nacional.
No restante do mundo, o Facebook é o de maior abrangência. Cerca de 30% dos usuários de redes sociais navegam pelo site. Além disso, a maioria dos novos usuários – cerca de 11,3 milhões – tem entre 35 e 49 anos.
Caiu na rede: Curriculo escolar no Reino Unido deve incluir aulas de Twitter e Wikipedia.
Segundo matéria divulgada no jornal inglês "The Guardian", o sistema escolar do Reino Unido quer incluir aulas de Twitter e Wikipedia nas escolas primárias. O autor do projeto é Jim Rose, nomeado pelo governo para revisar a grade curricular no ensino primário no Reino Unido.
Outras matérias como história, matemática e inglês, serão revisadas, mas a maior ênfase é em fazer com que os alunos saiam do primário habituados e tendo conhecimento sufuciente para utilizar as novas ferramentas de comunicação até os 11 anos.
As crianças de hoje já nascem com as novas ferramentas de comunicação virtual sendo utilizadas a pleno vapor, portanto isso é algo que faz e que continuará fazendo parte do cotidiano delas, então não vejo motivo pelo qual elas não deveriam aprender a utilizá-las já nas escolas. No futuro, essas memas crianças as utilizarão para trabalho e afins.
Porém, um problema a ser enfrentado seria conseguir dividir a atenção de crianças com os estudos das matérias tradicionais como matemática, história, geografia, com a internet, onde todos sabemos que a distração é vasta.
Para matérias relacionadas ao assunto clique aqui e aqui.
Agora você pode ver suas mensagens apagadas no Twitter acessando o tweleted.com.De acordo com informações do portal de acesso, ele foi criado para que as pessoas recuperem as mensagens que foram excluidas acidentalmente. Mais uma invenção!
Minha opinião pessoal sobre isso é que... ops! Não posso achar nada! Tenho que deixar que os autores e estudiosos do assunto falem por mim. Afinal, foi assim que a orientadora Renata nos ensinou. Mas você pode falar!
Se você já usa o Twitter, e já deletou mensagens, experimente o Tweleted clicando aqui. Se você ainda não usa o Twitter e quer usar, clique aqui.
O que você achou da nova criação? É útil? Vai "bombar"? Ou não tem nada a ver?
Conte-nos sobre suas impressões! Não esqueça de que somos estudantes aflitos e afoitos, lutando para a realização de um bom Projeto Experimental. (profundo isso não?)
Se você tem uma empresa e zela pela imagem dela, é bom que leia o artigo abaixo, ecrito por Felipe Morais doWebdesigner. Felipe fala das vantagens de manter uma conversa com seu público através da rede (web), Uma dessas vantagens é a praticidade e agilidade que esse meio oferece. Para as empresas que ainda não se deram conta de que uma nova forma de comunicação está "bombando" por aí, esta na hora de se interar sobre o assunto.
Porém não precisa se preocupar. Continue seguindo o CRP e você sempre estará bem informado.
Grandes empresas temem críticas negativas dos consumidores e deixam de aproveitar a parte boa. A situação pode melhorar bastante com a ação de um planejamento de mídia mais meticuloso.
Por Felipe Morais
Para muitos gestores de marketing, a internet ainda é um “bicho de sete cabeças”, uma novidade. Para outros ainda é “pegar e-mails e ler as notícias em tempo real”.
Não, não estou resgatando esse artigo do ano de 2005. Estamos em 2009 e apesar do crescimento da base de usuários, ainda assim as marcas olham para a web de forma bem desconfiada. Salva raríssimas exceções, como Fiat, Tecnisa, Itaú, Ford, Coca-Cola e Bradesco, por exemplo.
Entretanto, mesmo essas empresas bem avançadas no tempo em relação à internet não utilizam a participação de seus públicos dentro de seus sites e/ou portais. Aliás, pouquíssimas empresas usam esses recursos.
Em uma recente entrevista, o diretor de marketing da Fiat, João Batista Ciaco, disse que os focus groups (grupos de pesquisa com consumidores) não seriam mais tão necessários, diante da facilidade de se conversar com o consumidor via internet.
Eu concordo com Ciaco, mas por que a empresa dele não faz isso?
Ok, no site da Fiat há opções de envio do seu carro montado para Delicius, Digg, Facebook ou Stumble Upon, além de você poder receber notícias via RSS. Mas para uma empresa que se diz tão ligada à internet, ainda é muito pouco.
A Fiat foi apenas um exemplo, pois sei da sua “paixão” por internet; entretanto quase nenhuma empresa usa e abusa dos chamados recursos web 2.0. Por quê?
Na minha modesta opinião é por medo do que as pessoas possam falar.
Os planners digitais – assim como eu – já estão cansados de saber e ouvir que um post em um blog pode acabar com uma campanha de milhões de dólares na TV. Pior que podem mesmo. Mas há diversas formas e estratégias de impedir isso. Não proibindo o usuário de gerar conteúdo, pois isso é impossível, mas gerando um relacionamento com esse usuário insatisfeito para que ele se torne uma pessoa satisfeita e possa gerar BONS conteúdos para seus “seguidores”.
As pessoas cada vez menos estão se importando com as propagandas, ao passo que cada vez mais se importam com o que os outros falam. O dono do blog Kibe Loco, por mais que seja um grande gozador, tem mais credibilidade com os internautas do que um banner na home do UOL, que é uma das mídias mais nobres (e caras) da web.
Esse fenômeno, onde as pessoas estão dando mais ouvidos as outras pessoas, tem provocado um crescimento nas redes sociais. Elas estão ganhando cada vez mais força na hora de construir ou destruir uma marca.
A comunidade no Orkut “Eu amo Coca-Cola” com mais de 550 mil membros com certeza pode ajudar muito o posicionamento da Coca na web.
E por que não usar, não levar todos os recursos da web 2.0 para dentro do site da marca? Por que não gerenciar todos os contatos ali, estimular para que as pessoas falem da marca; por mais que o internauta queira falar, ele ainda é tímido e com isso, raramente ele vai no site da marca falar mal dela, sem nenhuma razão aparente; claro que no Brasil temos os “gozadores” mas esses são eliminados pelas próprias pessoas da comunidade desde que essas percebam que essa pessoa está lá apenas para bagunçar o site da marca e não para contribuir para a sua melhora.
A internet está incontrolável. As pessoas em poucos minutos podem criar blogs e comunidades em redes sociais para falar bem ou mal de uma marca. Eu por exemplo, tenho péssimas histórias com o serviço da NET, mas nem consigo conversar ou reclamar com ninguém da empresa.
Eu poderia – se a empresa tivesse isso – falar com eles via site e relatar o meu problema, mas como a empresa não possui esta via, facilmente eu poderia escrever no meu blog – por mais que seja um blog com foco em planejamento estratégico digital – colocar um post relatando a minha experiência com a NET.
Pelo menos cerca de 30 pessoas iriam ler, pois essa é a média dos meus acessos diários. Quantas dessas poderiam estar pesquisando entre os serviços da NET e TVA e por causa da minha experiência ruim não iriam optar pela TVA?
Não adianta as empresas terem medo de abrir espaço para que seus usuários gerem conteúdo, preocupados com o que eles vão falar. Empresa que pensa assim acredita que seus serviços estão abaixo do esperado, como o caso da NET, por exemplo. Se o internauta não tem com quem falar na empresa, vai gerar muito conteúdo ao falar com outras pessoas.
Para as marcas seria muito melhor que o usuário insatisfeito converse com elas via site – tal qual Ciaco disse em entrevista recente – do que ficar “caçando” no Google tudo o que as pessoas falam delas e depois ficar pensando dias e dias como converter aquelas “pixações” dos usuários. O que muitas vezes requer investimentos.
Os gestores das marcas têm que avaliar que não adianta ter medo do que o usuário vai falar sobre sua marca. Eles vão falar de qualquer jeito. É preciso trazer esse usuário para perto da marca, fazer a ligação entre desejos e expectativas versus as promessas da marca. Papel muito bem desempenhado pelos planners!
"Conectada como nenhuma outra" é a nova assinatura da Vivo e marca a evolução do posicionamento da operadora. A campanha foi lançada em primeira mão na Web no dia 18 de março e só foi ao ar na mídia no dia 19.
Confira o making of e o comercial filmado no estacionamento do Hopi Hari, um parque de diversões em SP. O objetivo foi colocar em prática o conceito de que a sociedade em rede pode mais. De acordo com o blog da operadora (http://www.vivoblog.com.br/) "os produtores do vídeo conseguiram, em menos de quatros dias, reunir mais 500 pessoas através de SMS, e-mails, MSN e redes sociais."
Vamos acompanhar as estratégias da Vivo. Ela está se apresentando como uma empresa focada em interatividade, inclusive nas redes sociais, e este novo conceito reforça isso.
Além do seu blog, identifiquei postagens da Vivo no Twitter e em comunidades no Orkut (Meu celular é Vivo; Sou Vivo pós; Vivo Play entre outras).
O comercial:
O making of:
O making of mostra com bastante clareza o novo posicionamento da empresa. Seria interessante se também fosse veiculado na TV.
Aguardamos sua opinião sobre este novo posicionamento da Vivo e sua estratégia de divulgação do comercial na Web antes da mídia convencional.
De acordo com especialistas, antes de entrar no universo web 2.0 as empresas precisam diagnosticar como a marca está na web e manter política constante de relacionamento.
Durante cerca de 22 horas em que o internauta brasileiro está online, seis horas são destinadas para as redes sociais, sendo que 80% dos internautas brasileiros acessam sites de relacionamento, conta Paulo Castro, diretor geral do portal Terra. Neste cenário, é vital que as empresas pensem nas mídias sociais como oportunidades de negócios e ferramentas de relacionamento com os clientes, afinal, é lá que os consumidores estão – e consequentemente, a reputação de sua marca.
Para discutir o assunto, além de Castro, os executivos Eduardo Vasques, redator de criação da TV1 e especialista em mídias digitais e web 2.0, Hugo Godinho, diretor de comunicação integrada da In Press Porter Novelli, e Edney Souza, diretor de operações da Polvora! Comunicação se reuniram no painel 'O Poder das Redes Sociais', realizado durante o evento Web Expo Forum, evento promovido pela TI Inside, Teletime e Tela Vida.
Segundo Vasques, para entrar nas redes sociais as empresas precisam ter transparência, relacionamento e diálogo constante com os seus usuários. “Antes de entrar na web 2.0 é preciso também diagnosticar o atual momento da marca na Internet, e identificar o que, quem, como e para quem sua marca irá falar”, defende o especialista.
A opinião é endossada por Godinho, da In Press Porter Novelli, que defende que não existe fórmula pronta para uma empresa ter sucesso na web 2.0, já que “cada caso é um caso”, como afirma o especialista. Souza, da Polvora! Comunicação, também defende que entender os canais é complexo, e por isso é preciso maturidade para utilizar com sucesso as novas plataformas. “É preciso ter a ferramenta, o conteúdo e a estratégia”, afirma o executivo, lembrando que nada adianta desenvolver a estratégia se os resultados não forem monitorados.
Outro ponto importante, apontado por Vasques, é o fato de que o novo consumidor 2.0 que interagir com a empresa, participar do processo de criação e até mesmo do desenvolvimento dos produtos da empresa. Assim, além de diálogo, a produção constante de conteúdo relevante ao seu público alvo é fundamental.
Compartilhando esse pensamento, em sua apresentação, Castro defendeu que as redes sociais aumentam a interação com os consumidores, e que por isso o portal Terra utiliza as redes sociais para gerar uma maior distribuição de conteúdo e o aumento da audiência. “Tanto que disponibilizamos aplicativos do Terra no Orkut e no Facebook, permitindo a recomendação e a colaboração”, afirma o executivo.
De acordo com Castro, com o cenário atual nunca foi tão fácil fazer publicidade online, e é possível até mesmo monetizar as oportunidades abertas pelas redes sociais. Por exemplo, o executivo conta que o Terra acaba de lançar a EZTarget Media, solução que agrega a audiência de espaços publicitários por target e categoria, com a utilização das mídias sociais para aumentar a audiência e o conteúdo.
Finalizando o painel, Castro deu a dica para as empresas que ainda tem receio de entrar no universo web 2.0: “às vezes as empresas não aproveitam as facilidades das redes sociais por medo de não controlar o conteúdo e a interação com os internautas. Mas, participar do controle da informação, reconhecendo oportunidades e até mesmo revertendo posições desfavoráveis, é mais precioso do que não ter controle nenhum sobre o que se fala nessas plataformas”.
Extraído da biblioteca virtual do site Terra Forum, o (pequeno) texto “Como posso usar as Redes Sociais ao meu favor?”, de Carolina Almeida e David Kato aponta os benefícios significativos que podem ser alcançados pelas empresas através de um canal de interação entre consumidores e funcionários. Ainda que muitas delas não tenham percebido a força dessas redes sociais, outras diversas organizações já fazem uso desses recursos para obter um melhor relacionamento com seu público. É o caso de empresas como Unilever, Volkswagen, O Boticário e Bradesco que com o recurso das redes sociais aliadas à criatividade de seus gestores tem conseguido êxito nas relações com seus públicos externos. E para ilustrar a amplitude destas redes, os autores trazem o exemplo do HSBC Brasil, que através de blogs abriu um canal de discussão interno entre funcionários, diretores e presidentes a respeito de assuntos importantes e de interesse da empresa. O texto informa ainda, o modelo do governo chinês, que proíbe o acesso a certos tipos de serviços de hospedagem no país, autorizando somente aqueles que estão sobre a legislação do seu comando. Para os autores, a perspectiva é que um número crescente de empresas possa adotar a redes sociais como uma ferramenta de grande importância, mas resta saber, se elas vão optar pela liderança neste segmento ou apenas por seguir mais uma “tendência”.
Estava ontem conversando com a Cássia sobre tudo o que temos lido sobre as redes sociais - e olha que é muuuita coisa. Nossa frustração ficou muito clara quando pensamos na profundidade de tudo que é falado. Faltam conceitos novos, dicas diferentes, embasamentos teórico, cases... Enfim, é tudo muito superficial. Além disso, as redes são sempre citadas como um todo, mas são os blogs que ainda ocupam um espaço muito mais significativo nas pesquisas.E as outras redes? Com a fama que o Twitter está ganhando nos últimos tempos - foi até capa da revista Época - acredito que ele passe a ter mais espaço nesses estudos. Lendo este artigo da Raquel Recuero, me deparei com um conceito novo! Não novo em si, mas novo no universo das redes. Raquel, explica no artigo publicado no site Jornalistas da Web, como o conceito de gatekeeper tem se aplicado nas redes sociais!
Redes sociais atuam como filtro de informações Por Raquel Recuero(*)
Uma das funções que está cada vez mais aparente na apropriação dos sites de redes sociais é seu uso como filtro de informações.As redes sociais conectadas através da Internet começam, cada vez mais, a funcionar como uma rede de informações, qualificada, que filtra, recomenda, discute e qualifica a informação que circula no ciberespaço.
A discussão sobre a função do gatekeeper remonta à década de 40 e 50, principalmente pelo trabalho de Kurt Lewin, que apresentou a proposta da associação do fluxo de informações em um dado sistema com a presença de determinados filtros (gatekeepers), que permitiriam ou impediriam a circulação de determinadas informações. No jornalismo, a idéia do gatekeeper é relacionada também com a comunicação de massa e o poder sobre a informação deixado a cargo dos mídia, mas perde força. Com a complexificação e a ampliação das conexões entre os atores nas redes sociais, principalmente pela Internet, que proporcionou um canal que está sempre aberto para o tráfego de informações, a discussão sobre o gatekeeping começou a beirar a superfície novamente.
Um dos primeiros motivos é o elemento complicador da Internet como meio: a supervia de informações. A Rede proporciona uma imensa quantidade de informações disponíveis e acessíveis, que correm pelo ciberespaço. Como uma releitura da gigantesca biblioteca de Babel Borgiana, é um universo de informações que se tornam invisíveis pela dificuldade de organização e hierarquização, pela dificuldade de encontrar o que é relevante. Quando tudo é acessível, pouco é relevante.
Neste universo, as redes sociais parecem organizar-se como filtros, no sentido de auxiliar na organização dessas informações. Como? As redes passam a eleger e atuar como gatekeepers. Através da seleção e da publicação de informações especializadas e localizadas, os atores sociais estão construindo relevância, a partir de valores sociais como reputação. Nichos de pessoas interessadas em determinados assuntos vão produzir informações relevantes, detalhadas e novas. Esses atores vão filtrar as informações do ciberespaço e publicá-las, para quem quiser ouvir/ler. Através da escolha de seus próprios gatekeepers, os demais atores vão construir uma leitura focada das informações que lhes são importantes. Essa leitura é assim, personalizada, através da escolha de suas próprias fontes informativas.
Vários exemplos dessas atuações já foram expecificados pela literatura. Mas além do jornalismo cidadão ou participativo, construído pela ação dos atores sociais, o papel de gatekeeper a que me refiro parece ser ainda mais amplo. Quando um determinado ator social seleciona sua lista de leituras de feeds, por exemplo, está filtrando as informações a partir de outros filtros. E se as republicar em outras ferramentas, também será, ele mesmo, um filtro para os demais. O papel da rede social vai ainda mais longe: Além de filtrar, ela qualifica, complementa, discute. Uma informação que é passada adiante no Twitter, por exemplo, raramente o é sem uma qualificação, um julgamento de valor ou observação daquele que a passa. O próprio “retweet” é um instrumento que qualifica uma informação, lida e considerada relevante pela rede. Mesmo um feed que é repartido com a rede social é valorizado. Trata-se assim, de uma nova estrutura informacional, onde o trabalho de filtragem de informações é realizado pelos próprios atores para os próprios atores sociais. Cada informação pode ser trazida a luz, desconstruída, discutida, repassada e debatida por ação dessas redes, em uma dimensão completamente nova e em escala quase planetária.
Um dos grandes questionamentos que permeia esta mudança é, justamente, seu impacto na mídia tradicional e no jornalismo. Não sabemos bem, ainda, como essas redes poderão atuar junto aos veículos informativos tradicionais. Mas sabemos que uma grande parte da informação que começa a ser veiculada e considerada relevante pelas redes sociais offline está vindo dessa efervescência informacional dos espaços online e dos novos gatekeepers.
*Raquel Recuero é doutora em Comunicação, professora e pesquisadora da Universidade Católica de Pelotas e do CNPq e consultora em mídias sociais. Mantém o blog Social Media.
Para quem curte e usa o Twitter e "de quebra" faz a leitura de seus feeds pelo Google Reader, tenho uma ótima notícia! É possível compartilhar no Twitter, seus itens compartilhados do Reader! Não só estes itens como também outros feeds (como o do seu blog por exemplo). É tudo automático.Li essa notícia no "Dicas Blogger" e resolvi compartilhar por aqui. Para quem quer saber como interagir essas redes passo-a-passo, é fácil! Basta clicar aqui.
A dois anos, a TV Esporte Interativo deu início à suas funções com a proposta de interatividade entre o telespectador e os apresentadores.
A TV tem como foco a transmissão dos maiores campeonatos de futebol do mundo, e no Brasil, não existe assunto que renda mais discussão que este esporte denominado de “paixão nacional”.
Inicialmente a TV só se utilizava de mensagens SMS para a interação. Com o tempo veio o portal (de onde se pode assistir e participar das transmissões), o Orkut e, por ultimo, começaram a serem feitas transmissões para celulares.
No início de 2009, o portal foi reformulado para que os “Membros do Esquadrão”, como são chamados os telespectadores cadastrados, pudessem se relacionar diretamente, como no Orkut. Para a divulgação da novidade, foi realizada uma promoção onde o vencedor seria aquele que angariasse mais amigos.
Agora, a ultima ferramenta de mídia social utilizada pela TV Esporte Interativo é o Twitter. Sempre quando o portal é atualizado, o link é enviado via Twitter. Além da divulgação de atualizações, a empresa também utiliza as ferramentas de mídia social para divulgar sua programação, e promover discussões sobre temas ligados às transmissões.
Ao meu ver, a TV Esporte Interativo é a primeira TV aberta com programação integral de esportes, e também a primeira a conseguir afiliar seus telespectadores junto de si, formando um grande grupo de discussões e criando uma fidelidade entre telespectadores e equipe.
Um case de sucesso que, até então, possa servir de exemplo a próximos.
Pesquisas sobre o conhecimento e envolvimento do profissional nas redes sociais já começam a aparecer. Segundo nota publicada no site Nós da Comunicação, tudo indica que os profissionais terão de se adequar aos novos meios, se quiserem continuar acompanhando a evolução do setor.
Leia abaixo:
Abracom faz pesquisa sobre relação dos profissionais e redes sociais
O levantamento vai permitir ao grupo de trabalho orientar as ações destinadas a promover a valorização da atividade de comunicação na web 2.0.
A pesquisa, que pode ser respondida até a próxima sexta-feira, dia 20 de março, é individual e mesmo quem não trabalha diretamente com a comunicação e as mídias sociais pode participar.
O texto abaixo, retirado do site Nós da Comunicação e escrito por Pollyana Ferrari, expõe as razões que nos levaram a direcionar o tema do nosso projeto para as mídias sociais. O último parágrafo do texto então, é a chave para responder essa pergunta. Acompanhe:
A força da mídia gerada pelo consumidor
Consumer-Generated Media (CGM) ou Mídia Gerada pelo Consumidor é um termo utilizado para descrever o conteúdo que é criado e divulgado pelo próprio consumidor. Na internet, a CGM está presente em comentários, fóruns, listas de discussão, blogs, fotologs, comunidades e sites participativos, como YouTube, Wikipédia, Myspace, Flickr etc.
Os consumidores utilizam todas as ferramentas disponíveis (messenger, blogs, e-mails, celulares para divulgar experiências pessoais e opiniões com relação aos produtos e serviços e às empresas e notícias. O Grupo Lance!, por exemplo, anunciou, no dia 2 de outubro, o lançamento do Lance! Activo 2.0, a rede social de usuários do portal esportivo Lancenet!. Apostando no futebol como carro-chefe, o Lance! Activo 2.0 reúne ferramentas e funcionalidades como blogs, upload de fotos, vídeos e sons, além de um termômetro indicando quais os times mais amados e os menos admirados pelos usuários. Quando o usuário se cadastra, ele indica seu time e também um time que não gosta. Isso gera uma espécie de placar dos times mais amados e dos mais odiados – explica Paulo Henrique Ferreira, gerente de produto do Lancenet!.
Para Danah Boyd, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos EUA, considerada a sacerdotisa da web 2.0, que esteve no Brasil em outubro de 2008 para participar do Simpósio Digital Age 2.0, as redes sociais estão baseadas em torno dos perfis. Ou seja, da página individual – um espaço vivo, recheado de fotos, vídeos, mp3 e uma lista enorme de amigos, todos querendo compartilhar sonhos, amizades, conhecimentos. Raramente querem conversar ou compartilhar com estranhos, pois eles gostam de trocar ‘figurinhas’ com seus pares, acredita Danah.
Como diz Manoel Lemos, do BlogBlogs, um dos maiores sites de indexação, ranking e busca de blogs, “se você quer dizer algo, use a mídia tradicional, mas se sua empresa quer iniciar uma conversa, chegou a hora de pensar em ter um blog”. Por isso, aguce os sentidos e comece a gastar mais tempo assimilando e entendendo as manias, os estilos e as propostas das redes sociais. Somos líderes no Orkut, com 51,25%, além de ficarmos em primeiro lugar em upload de vídeo, com 68,3%. Números que merecem nossa atenção diária!
Pollyana é doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP e consultora web
Em uma das entrevistas realizadas por Cazé Peccini durante a produção do documentário sobre os blogs brasileiros intitulado Blogumentário (http://blogumentario.org), Rosana Hermann afirma que as organizações não podem negar que o blog é uma realidade crescente que aproxima as empresas de seus clientes, segundo ela é a transformação da pessoa jurídica em pessoa física. Além disso, adverte que a transparência deve prevalecer na publicação de posts pagos.
A colocação de empresas nas redes, tem tomado um formato tão profissinal que a ABERJE criou um curso sobre blogs corporativos, ministrado por Pollyana Ferrari - especialista em comunicação e jornalismo na web.
Veja a chamada para esse curso no vídeo, com algumas dicas sobre os blogs e com quais objetivos devem ser criados.
Com taxas invejáveis de crescimento registradas no Facebook e no MySpace, sites de relacionamento social começam a entrar em ambientes corporativos. Mas isto é bom? Para as empresas que gostam de bloquear o acesso dos funcionários à Internet, não.
Uma recente pesquisa feita pelo Filtro Web da Barracuda Networks mostra que 50% de seus clientes bloqueiam o acesso às redes sociais e 21% das empresas monitoram cada passo dado pelos funcionários da Internet.
Obviamente, o possível dano causado por vírus ou spywares é a justificativa mais usada para o bloqueio, seguida por perda de produtividade e desperdício de uso da Internet. Mas as empresas devem aprender que as redes sociais podem ser usadas de forma positiva - muitas já usam o LinkedIn.com, rede de relacionamento social voltada para negócios.
O desafio para as empresas é encontrar o equilíbrio entre a proteção contra malwares e a liberdade de comunicação corporativa dos usuários. O dilema é semelhante ao visto quando a própria Internet se tornou popular. Muitos imaginavam que os funcionários ficariam navegando pela Web o dia todo - e ferramentas corporativas associadas com o bom senso das pessoas resolveram a questão.
Assistimos a estas palestras no sábado passado, 07/03, na PUC. Foram ministradas por três jovens (assim como nós)que trabalham na área e já estão bem inteirados sobre o assunto. São eles Rafael Damasceno (@rafaeld), Steffania Paola (@stepaola) e Getúlio Suarez (@getuliosuarez). São palestras muito enriquecedoras e esclarecedoras. Vale a pena conferir!
Desde quando comecei a pesquisar o universo das empresas nas redes sociais, sempre encontrei dicas de sucesso, motivos para blogar e fazer parte desse meio.
Essa semana, a Rute compartilhou comigo um notícia onde B.l. Ochman - especialista em mídias sociais - publicou 10 razões para uma empresa não blogar. Ao analisar o conteúdo, acabamos vendo dicas de atitudes e ações que todo blog corporativo deve ter para ser um sucesso e não figurar um entre aquelas milhões que não tem leitores. Veja a lista abaixo, em uma tradução livre.
1- É garantido que a maioria dos blogs que as companhias desejam criar entre para a rede de milhões de blogs sem leitores. Por quê? Eles são chatos.
2- Um blog deve ter uma voz pessoal. Se você se apresenta com uma voz muito corporativa, ninguém vai te ler.
3- Você precisa de conteúdo original. A blogosfera já tem muito eco. O que você pode acrescentar que seja original? Ou signifique mais do que aquilo que é falado sobre o seu negócio?
4- Blogar exige tempo - muito tempo! Digamos que o seu CEO seja um bom escritor. E vamos dizer que ele vai escrever sobre aquilo que as pessoas querem ler e não só sobre o que a empresa quer dizer. E ele tem pouco tempo para postar durante a semana. Fazer um post de qualidade gasta de duas a quatro horas.
5- Você precisa ler constantemente para ser um bom blogueiro. Isso inclui blogs, mas também outras mídias fora da blogosfera. Assim, você pode manter seus leitores informados.
6- Um blog não pode substituir as campanhas de marketing. É simplesmente uma parte potencial dessas campanhas.
7- Um blog não é substituto de propagandas - se você precisa encher um novo hotel ou vender um produto em uma determinada data, fará propagandas.
8- Um blog não apresenta resultados em pouco tempo - eles aparecem em um longo prazo.
9- Blog não é barato. Um bom blog exige suporte de programação, um designer gráfico para que ele faça parte da identidade visual da companhia, um talentoso e dedicado escritor ou editor.
10- Você precisa direcionar tráfico para o seu blog. E existem várias maneiras de fazer isso. Todas elas exigem tempo e dinheiro.
* Com a publicidade em blogs você pode ter nichos incrivelmente específicos de custo-benefício. Também com a divulgação em blogs com temas semelhantes aos seus, compra de links patrocinados e inclusão de propagandas em sites da web.
* Promoção - você pode direcionar o tráfego para seu blog com marketing viral, participação em grupos de discussões sobre temas relacionados e uso das diversas possibilidades que a web 2.0 oferece.
Como o Twitter, aquele programinha que manda mensagens com no máximo 140 toques, está ajudando pequenas e médias empresas a se relacionar com os clientes e a descobrir o que eles falam sobre suas marcas
Por Bruno Vieira Feijó
O empreendedor César Pinela não depende mais de anúncios em jornais ou sites de emprego na hora de recrutar funcionários para a paulistana Aliz, especializada em tributação, que ele ajudou a fundar. Cada vez que abre uma vaga, ele a divulga pelo Twitter para uma comunidade de quase 300 pessoas. Emprego é o tipo de informação que se alastra rapidamente entre os usuários dessa mistura de microblog com rede social na qual se publicam mensagens com no máximo 140 caracteres. Os contatos de Pinela repassam a informação para seus contatos, que fazem o mesmo. No meio do caminho, aparecem os candidatos. O Twitter ajudou a Aliz a montar um banco com mais de 1 600 currículos. "Boa parte tem um perfil muito próximo do que procuramos", diz Pinela, hoje presidente do conselho de administração da empresa. Ele gostou tanto dos resultados que agora procura mais utilidades para a ferramenta. Em breve, a Aliz usará uma tecnologia semelhante à do Twitter para manter um canal de comunicação interno com os funcionários.
Recrutar profissionais é apenas uma das aplicações que pequenos e médios empresários como Pinela estão encontrando para o Twitter. Manter um canal de relacionamento com os clientes, saber em tempo real o que o público pensa das marcas e espionar os concorrentes são outras. "O Twitter é um espaço para divulgar ideias, notícias e o que der na telha do usuário", diz Diego Monteiro, fundador da rede social Via6. "São muitas as possibilidades para pequenos e médios empreendedores criativos." Desde que surgiu, há dois anos, a ferramenta conquistou 4 milhões de usuários em todo o mundo - um público que atraiu a atenção de grandes empresas. Nos Estados Unidos, é usada pela companhia de aviação americana JetBlue para anunciar passagens a preços promocionais e pela fabricante de computadores Dell para oferecer máquinas de segunda mão recondicionadas. O presidente americano, Barack Obama, a utilizou durante a campanha eleitoral para enviar avisos sobre eventos e divulgar materiais como vídeos de discursos. O empreendedor Marco Gomes usa o Twitter para saber o que os internautas pensam sobre sua empresa, a paulista Boo-box, cujas receitas vêm do aluguel de espaços publicitários para blogs. "Configurei o Twitter para me alertar sempre que alguém faz um comentário sobre a Boo-box", diz Gomes. "Basta aparecer uma dúvida ou reclamação que eu a respondo na hora e me ponho à disposição do usuário." O Twitter permite a Gomes fazer buscas a partir de palavras-chave relacionadas à Boo-box, além de identificar o autor de uma eventual queixa. "Assim evito boa parte dos e-mails que poderiam se acumular no nosso suporte técnico", diz ele. Quando o Twitter surgiu, não foram poucos os investidores que apontaram a limitação de tamanho das mensagens e sua natureza informal e caótica como pontos fracos, capazes de restringir a audiência. O slogan do Twitter (que, em inglês, significa "gorjear", uma alusão à troca de informações rápida entre os pássaros) é, justamente, "O que você está fazendo agora?" Muitos disseram que a proposta poderia no máximo emplacar como moda passageira, usada algum tempo por tribos de adolescentes e gente desocupada. Demora um pouco para alguém encontrar uma forma de fazer negócios com novas tecnologias - principalmente as que surgem na internet. No caso do Twitter, percebeu-se com o tempo que a limitação do espaço era um ponto forte - as mensagens curtas aumentam muito a probabilidade de ser realmente lidas e respondidas. Isso permite um bate-papo extremamente dinâmico e fácil de participar, que mistura informações pessoais com avaliações de um produto ou empresa, além de indicações sobre algo na internet. Com frequência, essas conversas ou parte delas são retransmitidas a outras redes, como o Plaxo, podendo se alastrar mais rapidamente do que outras formas de comunicação. O tipo de conversa no Twitter tem uma característica interessante para quem quer saber o que realmente passa na mente do consumidor - a espontaneidade. Atender ao propósito de dizer o que você está fazendo agora gera mensagens difíceis de interessar a uma empresa (ou a quem quer que seja), como a postada recentemente pelo paulista Vitor Lima: "Daqui a pouco tenho que ir para Bragança Paulista, espero que não chova muito no caminho." Mas, numa tarde de sábado, o mesmo Lima escreveu: "O novo site da Exame ficou bonito e funcional". Foi um elogio, felizmente, mas, caso Lima estivesse enfurecido com algum problema técnico e compartilhasse a raiva com seus contatos, teria sido possível saber disso imediatamente, consertar o defeito e ainda avisar a todos de sua solução. No Brasil, a Net, operadora de TV a cabo, incumbiu seus funcionários de solucionar os problemas postados no Twitter por assinantes que usam a ferramenta para falar mal da empresa. Hoje, está ficando claro para um número cada vez maior de empreendedores que ter acesso a toda essa gente conversando ao mesmo tempo pode ser uma boa forma - e gratuita - de saber não só o que se fala por aí sobre a empresa ou seu produto mas também de obter um retrato breve e atual das últimas novidades do setor. "Gosto de acompanhar o que os usuários dizem sobre os concorrentes e saber o que eles estão fazendo", diz Mario Nogueira, um dos sócios da Pagestacker, site onde os internautas podem guardar e reunir os links de suas páginas favoritas na web. Nogueira também encontrou na ferramenta uma maneira de manter contato apenas com quem realmente quer receber as mensagens enviadas pela Pagestacker, o que afasta o perigo de importunar as pessoas ao disparar e-mails para um grupo no qual muitos integrantes podem não desejar recebê-los. "É uma forma de ter certeza de que todos os nossos informes chegarão às pessoas realmente interessadas", diz Nogueira. "Não chateamos ninguém e melhoramos a comunicação com quem realmente quer fazer negócios com a gente."
Biz Stone, co-fundador do Twitter, defende que a rede pode identificar maneiras de tornar a experiência entre cliente e empresa mais valiosa e, assim, cobrar por essas contas corporativas
O Twitter, uma das redes sociais que mais cresceram nos últimos meses, poderá começar a cobrar de empresas que utilizam a ferramenta para se promover.
Em entrevista à inglesa Marketing Magazine, Biz Stone, co-fundador do Twitter, afirmou que cada vez mais empresas aderindo à rede social, assim como indivíduos que se tornam seguidores destas companhias. Para os usuários individuais, no entanto, está garantido que não haverá tarifação.
Stone defende que o Twitter pode identificar maneiras de tornar a experiência de contato entre empresa e cliente mais valiosa e, assim, cobrar por essas contas corporativas. Algumas empresas, no entanto, já se mostraram desfavoráveis à possível decisão da start-up americana.
Segundo o vice-presidente de comunidades da Dell, Bob Pearson, caso o Twitter se torne uma ferramenta cara e complicada, o instinto da companhia será migrar para outro ligar. A saída mais feliz para o Twitter, segundo especialistas, seria ganhar dinheiro com anúncios e venda de informações dos usuários para estratégias de marketing.
O Twitter é dominado por usuários novos – 70% deles entraram na rede em 2008. Segundo a empresa, são abertas entre 5 e 10 mil contas por dia. Do total de usuários, 35% possuem 10 ou menos seguidores. Entre os principais feitos da start-up está uma suposta proposta de aquisição pelo Facebook de 500 milhões de dólares e indícios de que receberá em breve 250 milhões de dólares em investimentos.
Por que algumas empresas estão criando suas próprias redes sociais para interagir com milhares de consumidores - uma estratégia tão arriscada quanto inovadora
O paulistano George Siriani, de 35 anos de idade, jamais vai esquecer a noite de 27 de setembro de 2008. Designer e fã de música eletrônica, ele foi ao Skol Beats, maior evento do gênero no Brasil, e se emocionou ao ver um desenho seu exposto num painel decorativo a uma plateia de mais de 15 000 pessoas. Além de dar seu toque pessoal à decoração, o designer havia aprovado os DJs que tocariam naquela noite. Siriani não foi produtor da festa, mas estava entre o 1,5 milhão de pessoas que se cadastraram no site da Skol e puderam participar da criação do evento. Ele ajudou a escolher as atrações, a decoração e até a instituição social beneficiada com a reciclagem das toneladas de lixo produzidas no evento. Para Siriani, foi uma experiência inédita. Para a Skol, uma jogada de marketing. A criação da rede social do Skol Beats transformou um evento que acontecia uma vez por ano - e em seu auge reuniu 66 000 pessoas - em um site com audiência diária. A AmBev, dona da marca Skol, calcula que pelo menos 300 000 pessoas visitem o endereço mensalmente. "Hoje somos o maior portal de música eletrônica do Brasil", diz Sergio Eleutério, executivo responsável pela plataforma jovem da Skol.
Embora seja uma das mais modernas formas de interação de empresas com seus consumidores, redes sociais como a criada pela AmBev ainda são raras no mundo. Uma pesquisa realizada em 2008 pela consultoria especializada em internet Forrester revela que 60% de 189 das maiores companhias do mundo ainda preferem métodos tradicionais para se relacionar com os clientes, como sites e newsletters. Apenas 13% consideram as redes sociais importantes. Dessas, a maioria direciona ações para páginas públicas e já consolidadas, como Orkut e MySpace - em que a concorrência pela atenção do internauta é enorme. Uma parcela mínima delas se aventura a criar suas próprias redes sociais. "Muitas empresas ainda têm receio de entrar nesse universo porque ele é praticamente desconhecido", afirma Max Petrucci, presidente da Garage, agência de publicidade online que desenvolveu a rede do Skol Beats. O Brasil representa um cenário especialmente promissor para o sucesso das redes corporativas. Um levantamento da consultoria americana ComScore revela que o internauta brasileiro é o segundo mais sociável do mundo, atrás apenas do canadense. Cerca de 85% dos brasileiros maiores de 15 anos com acesso à internet visitaram ao menos uma rede social em 2008. "As redes têm tudo a ver com a cultura brasileira e isso não pode ser ignorado pelas empresas", diz Alex Banks, diretor da ComScore para a América Latina.
Para as companhias que pretendem se arriscar no novo mundo das comunidades virtuais, os especialistas têm alguns conselhos. O primeiro passo é conhecer a fundo os costumes de seus clientes - e só então definir um objetivo e decidir qual a melhor tecnologia para colocá-lo em prática. "Uma rede social pode ser ideal para uma companhia, mas outras podem ter melhores resultados com um blog ou com um simples vídeo no YouTube", afirmou em entrevista a EXAME o americano Josh Bernoff, coautor do livro Groundswell - Winning in a World Transformed by Social Tecnologies ("Groundswell - Como vencer em um mundo transformado por tecnologias sociais", numa tradução livre). Além disso, as marcas precisam apresentar um tema que interesse a seus consumidores. A Skol conseguiu isso com a música eletrônica - seria praticamente impossível alcançar tanto sucesso com a iniciativa se a AmBev tivesse se limitado ao universo da cerveja. A Nike encontrou nas corridas uma forma de implantar uma rede global de relacionamento. Batizada de Nike Plus, a comunidade de corredores entrou no ar em 2006. Para participar dela, o consumidor precisa comprar um tênis acompanhado por um marca-passos. O aparelho permite ao corredor calcular dados como distância percorrida e gasto calórico. Com a ajuda de um iPod, essas informações podem ser então transferidas para o site da Nike. Lá, o atleta recebe dicas de especialistas e pode desafiar outros corredores. "Achamos que, se estimuladas pela Nike a melhorar seu desempenho, as pessoas vão ficar mais receptivas à marca", diz Christiano Coelho, gerente de marketing para corrida da empresa. O site já teve 40 milhões de acessos em 160 países.
O que funciona na rede As redes sociais de sucesso têm sempre uma característica comum: prestam serviço e oferecem conteúdo a seus consumidores. "Os internautas não perdoam uma empresa que tente simplesmente impor sua estratégia de marketing", diz Lucas Mello, sócio da LiveAd, agência que criou uma das primeiras redes brasileiras, a do festival Claro Que É Rock, que durou cerca de seis meses, em 2005. Uma das redes que oferecem serviço inédito é a da companhia aérea franco-holandesa Air France KLM, lançada em novembro de 2008 e que já tem 50 000 cadastrados. A ideia é tão simples quanto inovadora. Os passageiros podem se cadastrar gratuitamente no site para trocar informações sobre destinos de viagem e até combinar questões triviais, como dividir a conta do táxi na chegada ao aeroporto.
Parte das empresas ainda reluta em investir em redes sociais porque não é fácil estabelecer uma relação direta entre seu sucesso e um aumento nas vendas. O livro Groundswell, porém, apresenta dois exemplos que podem começar a mudar esse quadro. Em 2006, a subsidiária americana da montadora BMW lançou uma rede social que conseguiu fazer frente aos lançamentos dos concorrentes de seu modelo Mini. A ideia surgiu após pesquisas revelarem que o boca-a-boca era o principal responsável pelas vendas da marca. A diretora de marketing da empresa, Trudy Hardy, decidiu, então, privilegiar quem já tinha um Mini e deixar possíveis compradores em segundo plano. Montou uma comunidade apenas para os aficionados e organizou uma série de eventos para mimar seus clientes. Durante sete meses, um grupo de pesquisadores de marketing da Northwest University observou a repercussão online em comparação com as vendas do Mini. O quadro ficou bem claro: quando os comentários eram mais positivos, as vendas subiam no mês seguinte. Quando a repercussão era negativa, as vendas caíam logo em seguida. A Procter & Gamble, dona da marca Always, lançou em 2002 uma rede social para meninas de 12 a 15 anos que começavam a usar absorventes. Em vez de discutir o pouco atrativo tema da proteção feminina, a P&G apostou em uma rede que ajudasse a esclarecer qualquer tipo de dúvida das adolescentes - das amorosas às existenciais - em 45 países do mundo. Os autores de Groundswell calculam que o projeto custe à empresa algo em torno de 3 milhões de dólares por ano. Segundo eles, se pelo menos 0,3% do 1,8 milhão de adolescentes que visitam o site com regularidade se tornar consumidor da marca Always pelas próximas décadas, o investimento já terá valido a pena. "Assim como essas empresas, as companhias brasileiras precisam logo encontrar uma forma de se conectar com seus consumidores", diz Bernoff. "Antes que eles decidam por conta própria trocar opiniões sobre seus produtos - e elas nem sempre serão boas."
Cinco estudantes de comunicação buscam responder a seguinte pergunta: Como a Vivo utiliza o Twitter como ferramenta de comunicação corporativa? Este blog será um espaço de troca de ideias, curiosidades e notícias sobre o tema. Postaremos aqui, todas nossas prováveis respostas e descobertas.